quarta-feira, outubro 01, 2003

FLORBELA ESPANCA


PARQUE DOS POETAS - OEIRAS - 2003

BLOG

É bonito, e é assim que se faz o intercâmbio luso-brasileiro:

Asa de Borboleta

Devaneios
 
Este final de semana transformei mais um amigo virtual em amigo real. Recebi este visitante com o carinho de quem espera coisas boas, e fui recompensada com coisas ainda melhores. Esperava boa educação, bom papo, passeios agradáveis. Pois tive tudo isto e, além disto, um vislumbre de um coração nobre e de uma mente limpidamente inteligente.

Esta busca da concretização é que me traz a este blog. Desde o princípio, eu queria contato com pessoas reais e do quilate desta que conheci no sábado. Queria encontrar meus semelhantes, num mundo que parecia ser apenas de diferentes. Conheci mais que semelhantes: aumentei minha família com novos irmãos e irmãs, e até um filho; tive contato com os melhores exemplos; aprendi muito com pessoas mais talentosas que eu.

Uma das coisas interessantes que descobri é que meu coração tem um quinhão dele firmemente plantado em Portugal. Tenho, é claro, como a maioria das pessoas nascidas neste país, ancestrais de origem portuguesa. Meu idioma e muito dos meus hábitos são provenientes deste país. Mas o que me fez descobrir que amo Portugal não foi isto.

Joaquim Nabuco, escritor brasileiro, certa feita disse que, para ele, Portugal “tinha sete maravilhas como nenhuma outra nação possui e eu falo só do que vi: Os Lusíadas, a entrada do Tejo, a Torre de Belém, os Jerônimos, Sintra, o Vinho do Porto e a colônia portuguesa do Brasil”. Destas sete maravilhas conheço apenas os Lusíadas, o Vinho do Porto e a colônia portuguesa no Brasil, mas a estas queria adicionar mais duas maravilhas: a música e o povo português.

Do povo português, queria salientar dois representantes que significam muito para mim. Jorge, o que me batizou borboleta, e Luis, que nutre minha alma com o pólem dos jasmims de suas pequenas histórias. A estes dois portugueses todo o meu amor. Mesmo.

Da música portuguesa, Madredeus.

Céu da Mouraria
Letra e música de Pedro Ayres Magalhães

Quando Lisboa acordar
Do sono antigo que é seu,
Hei-de ser eu a cantar,
Que eu tenho um recado só meu.


Céu da Mouraria... ouve,
Vai chegar o dia novo!


E o sol, das madrugadas todas,
Névoa de um povo a sonhar,
Os teus mistérios, Lisboa,
São, as pombas que ainda há...


posted by Sue Medeiros

POIS, POIS...

Fugiu-lhe a boca para a verdade: a razão para evitar o referendo europeu não é pouco interesse, nem concordância com o que está em causa; é medo!

"Há o risco do Referendo vir a dar força a quem estiver pelo não" Pedro Duarte, porta-voz do PSD.

AUSÊNCIA - SOPHIA de MELLO BREYNER ANDRESEN

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andresen